domingo, 16 de janeiro de 2011

O CRESCIMENO PESSOAL



COLABORAÇÃO DE ANTONIO GONÇALVES DE OLIVEIRA 

Observando-se o comportamento do ser humano, podemos distinguir de maneira geral, duas formas bastante diferente de encarar as pessoas e suas motivações.
Existem duas correntes de pesquisadores (psicólogos, filósofos, etc.) que estudam o comportamento humano.
A primeira dessas correntes afirma o seguinte: todo nosso comportamento, tudo aquilo que fazemos ou deixamos de fazer, tem por objetivo estabelecer o equilíbrio do organismo ( homeostase).
Assim, se estamos com fome, vamos nos movimentar até conseguir o alimento e, então, nos acomodamos; se estamos correndo perigo, vamos lutar ou fugir até desaparecer o perigo e então nos acomodamos, se estamos com frio, vamos procurar um meio de nos aquecer e, então nos acomodamos e assim por diante.
Dessa forma, o nosso comportamento seria determinado pelas circunstâncias. Quando pensamos que estamos fazendo escolhas por nossa própria vontade, não estaríamos senão obedecendo impulsos inconscientes, ou então a condicionamentos sociais mais ou menos complexos.
Nesse caso, se quisermos motivar alguém a crescer, ser mais dinâmico ou produtivo, teremos então de mudar as circunstâncias, ou oferecendo prêmios, ou ameaçando com punições.
A segunda corrente de pesquisadores, afirma mais ou menos o seguinte: não há duvida da enorme influência que o equilíbrio do organismo exerce em nossas motivações e comportamentos; mas isso não é tudo existe algo mais, ou seja: existe dentro de cada ser humano, um impulso natural e espontâneo para crescer, para se realizar, da mesma maneira como existe uma força natural que promove o crescimento biológico do ser, transformando o óvulo fertilizado em embrião, depois em feto, e posteriormente em um individuo adulto.
Essa força, esse impulso natural, essa energia latente, é que impulsiona a criatura humana em busca do crescimento psicológico, emocional, espiritual e, a realização de  suas potencialidades. 
Sendo isso verdade, existiria então uma relativa independência das circunstâncias, ou seja: seria possível ao homem, exercer seu livre arbítrio, e dominar o meio em que vive.   
Somente assim, seria possível haver liberdade, verdadeiras escolhas e responsabilidade.
Mas, se é assim, como se explica o que acontece com muitas pessoas aparentemente saudáveis, sem nenhuma limitação física ou mental, com razoável inteligência e que, todavia, se acomodam em situações claramente inferiores, medíocres mesmo? O que teria acontecido com o tal impulso natural para crescer?
A resposta pode ser a seguinte: muitas vezes, o que impede o crescimento, o que faz a pessoa se desmotivar e se acomodar, são bloqueios psicológicos internos surgidos de experiências desagradáveis anteriores, e também da auto-imagem negativa que a pessoa tem de si mesma; essa visão distorcida de si mesmo, muitas vezes vem de longe, dos primeiros anos de vida, que faz com que a pessoa duvide de suas próprias capacidades.
Nós nos acomodamos com o pensamento de inferioridade e, carregamos essa imagem negativa por muito tempo, ou por toda vida sem nos dar conta disso.
Portanto, o crescimento, é mais uma questão de desbloqueio, de descondicionamento, de libertação; é mais uma questão de remover do que acrescentar.
Muito bem, mas como fazer isso? Como saber aquilo que deva ser transformado? Como reconhecer aquilo que deve ser removido?

Sobre esse assunto existe diversas opiniões, todas muito bem fundamentadas, porem, existem três critérios que consideramos os mais importantes.
Primeiro critério: Evolução de personagem para pessoa; somos ensinados desde crianças, a desempenhar certos papéis, a assumir certos comportamentos, atender as expectativas das outras pessoas, a disfarçar nossos verdadeiros sentimentos e pensamentos.
Com o tempo vamos aceitando e anexando em nosso subconsciente essas mascaras e, mesmo sabendo que estamos representando um papel, nos identificamos tanto com essas mascaras que julgamos, serem elas, nosso verdadeiro EU.
Para crescer, precisamos retirar a maioria dessas máscaras, estabelecer relacionamentos mais autênticos, nos comunicar em níveis mais profundos e significativos com os outros.
Com o tempo vamos nos sentindo mais leves,mais livres, sem o peso dessas mascaras, vamos nos sentindo pessoas, e não personagens.
Segundo critério: pleno uso do potencial; embora não existam meios adequados para medir o potencial de uma pessoa, é geralmente aceita a idéia de que usamos muito pouco dos recursos físicos e mentais que possuímos; dizem, alguns especialistas que usamos apenas 5% do nosso potencial.
O ser humano possui grandes e vários tipos de poderes que habitualmente não são usados; usamos apenas uma pequena parte da nossa capacidade física e mental; a vontade, a imaginação, a intuição, a inspiração, a concentração, são alguns dos recursos mentais que podemos adestrar e utilizar.
Quando a pessoa se dispõe a crescer, ela aprende a fazer uso apropriado e criativo do seu potencial, podendo assim realizar mais e melhor com menos desgaste.
Terceiro critério: assumir a responsabilidade pela própria vida; creio que esse talvez seja o maior obstáculo, o maior entrave para o nosso crescimento.
É muito comum nos colocarmos como vitimas das circunstâncias; culpamos tudo e todos por aquilo que nos acontece e pela forma como nos sentimos. Temos a sensação de que as rédeas de nossas vidas não estão em nossas mãos, e nem jamais poderão estar; é a SCD síndrome do coitadinho de mim.
Quando nos propusermos crescer, vamos cada vez mais assumindo a direção de nossos próprios destinos, ou pelo menos da nossa atitude interior.
Um dos métodos mais fáceis de se conseguir é através da Escola de Aprendizes do Evangelho.